Olá jovens amigos e leitores! Espero que estejam gostando do blog. Tudo está sendo feito pensando na edificação de vocês, os que leem. Que todos sejam ajudados pelos textos e alimentados espiritualmente para enfrentar com bastante força situações negativas que surgirem.

Continuando meu testemunho e do Felipe, parei falando que iria fazê-lo falar e consegui, pois ele falou. Eu simplesmente não sabia o que dizer, pois, como deve ter sido fácil para você perceber, eu não tinha me dado ainda ao direito de pensar no assunto e, por isso, ainda não entendia o que eu sentia. Além disso, eu não tinha pensado que, depois que ele falasse o que eu queria saber, eu também teria que falar para ele a respeito dos meus sentimentos.

Entenderam minha situação? Fiquei sem saber o que fazer. E ali, naquela conversa, por alguns momentos eu parei e raciocinei. Passaram muitos flashbacks em minha cabeça e simplesmente vi o que estava claro: eu gostava dele de maneira diferente que eu gostava dos meus outros amigos. Eu amava conversar com ele, eu orava pelo dia dele, eu pensava em como seria a cidade e a família dele. E isso só poderia ser amor.

Depois de perceber meu sentimento, eu analisei o Felipe mentalmente. Já tínhamos conversado bastante e foi possível ter muitas conclusões a respeito da personalidade dele. Jovens, quando tivermos esse tipo de sentimento por alguém nós não podemos olhar apenas para o coração batendo mais forte e para as conversas legais, porque há muito mais que isso para ver. Nós, que temos o Senhor Jesus como nosso exemplo, temos que escolher adequadamente a pessoa com quem vamos nos relacionar para futuramente nos casar. Essa pessoa precisa ser primeira e fundamentalmente alguém que ama o Senhor, que O expresse e desfrute D’Ele. Se não for assim, não “rola”.

Se a pessoa por quem você está interessado não ama o Senhor, não O expressa e não desfruta Dele, então há grandes chances de não dar certo. Isso acontecerá porque, ao invés de investir tempo se conhecendo e cultivando um lindo sentimento baseado em amor e desfrute de Cristo, vocês gastam o tempo em coisas que não mostram, de fato, quem são um ao outro. Por isso, poderiam não prosseguir no relacionamento ou, pior que isso, poderiam se casar e sofrer sérias consequências por não terem dado valor ao principal: a vida espiritual.

Assim, no início de relacionamento, é necessário que Cristo esteja presente. Onde há Cristo tudo se mostra, pois Ele é a luz que é fundamental em todos os aspectos das nossas vidas, inclusive no relacionamento. Ele mostra o que está errado e aponta a direção do caminho certo. Está escrito: “Mas todas as coisas, quando reprovadas pela luz, se tornam manifestas; porque tudo que se manifesta é luz” (Efésios 5:13). Além disso, Ele mantém a nossa comunhão e, a cada passo, purifica-nos do pecado. “Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado” (1 Jo 1:7).

Há mais itens importantes quando se fala em “abrir o jogo”. Se a pessoa passou no teste espiritual, então, agora ela será analisada nas questões humanas práticas. Precisamos olhar a humanidade. No início não é possível saber tudo, mas é possível saber o básico sobre a pessoa. A pessoa precisa ser honesta, educada e responsável. Vale a pena reparar em como ele(a) fala dos amigos, dos pais e de tudo que lhe acontece. Isso ajuda a saber como ele(a) pensa. Assim, você pode avaliar se vai admirá-lo, suas atitudes, seus princípios, seus costumes e, até mesmo, suas manias.

Abrindo aqui um parêntese. Precisamos, em nosso viver, nos avaliar a todo tempo para sermos pessoas adequadas, de alto padrão e que expressam serem filhos irrepreensíveis de Deus. Como disse Paulo: “Torna-te, pessoalmente, padrão de boas obras. No ensino, mostra integridade, reverência, linguagem sadia e irrepreensível, para que o adversário seja envergonhado, não tendo indignidade nenhuma que dizer a nosso respeito.” (Tito 2:7-8). “Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade.” (2 Tm 2:15). Também, nossa humanidade e nosso ser espiritual precisam estar em constante amadurecimento. Não nos concentremos apenas em avaliar o próximo, mas, principalmente, em avaliar a nós mesmos.

Bom, eu fiz essa análise espiritual e humana a respeito do Felipe. Confesso: sou bem detalhista. Foi muito bom pensar em tudo isso, pois meus olhos se abriram e eu vi o quanto já o admirava e o queria perto. Então, eu disse ao Felipe que sentia sim algo a mais por ele, mas que a confirmação viria só depois que eu conseguisse falar do assunto com meu pai. Fiz o correto, o que aprendi com os irmãos da minha localidade e com meus pais. Procurei eles para tomar minha decisão a respeito de começar um relacionamento. Jovem, não tome nenhuma decisão sozinho(a), há pessoas que são responsáveis por você e eles precisam ser os primeiros a ficar cientes do que se passa com você, inclusive quando o assunto é relacionamento.

Um tempo depois, eu consegui falar com meu pai e ele disse para eu pedir que o Felipe fosse lá em casa. Porém, meu pai disse que já sentia paz, pois já orava pra que o Senhor me desse um homem de Deus que fosse ser a pessoa certa para mim. O aval do meu pai foi mais uma confirmação. Aos poucos fui falando com minha família, falei com minha mãe, meus irmãos e cunhadas. No dia em que o Felipe veio, todos estavam lá em casa à sua espera.

Mais um aspecto importante para ressaltar: eu não tive essa atitude de chamar o Felipe até a minha casa de forma independente. Busquei minha família e a Igreja, os dois grupos de pessoas mais importantes da minha vida. Assim, no dia que o Felipe veio para conversar com a minha família, a Igreja estava representada por meio de meu irmão – que é um dos irmãos responsáveis pela igreja em Cachoeiro. Queridos jovens, o viver da igreja é algo que acontece onde a igreja está. A igreja somos nós, os chamados pelo Senhor para cumprir o Seu propósito. Portanto, o viver da igreja acontece em nossa vida normal. Dessa forma, precisamos estar protegidos pela oração daqueles que são nossas autoridades espirituais. Foi por essa razão que a Igreja, representada por um dos irmãos responsáveis, estava presente no dia da conversa com o Felipe. Meu sentimento era fazer valer o seguinte versículo: “Todo homem esteja sujeito às autoridades superiores; porque não há autoridade que não proceda de Deus; e as autoridades que existem foram por ele instituídas” (Romanos 13:1).

Paro por aqui pessoal. Até a próxima semana!

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