Queridos, no último post eu disse que reencontrei o Felipe na época em que eu estava no CEAPE, estão lembrados? Pois bem, eu o vi algumas vezes, mas nós nem sequer conversamos e eu nem fazia ideia de que eu já o tinha visto antes. Aí vocês podem se perguntar: e se eu encontrar meu escolhido ou minha escolhida e, por não prestar atenção, deixar ele passar despercebido? Gente, vou dizer uma coisa, “NÃO FORCEM A BARRA”. Acreditem mais no Deus poderoso que temos como Pai! Ele faz as coisas na hora certa. O Felipe passou pela minha vida duas vezes sem que sequer nos notássemos, mas, no momento certo, nosso relacionamento aconteceu.

Não tenham medo, nem movam as suas vidas em prol de descobrir quem é a pessoa com quem vão se relacionar. Pode parecer meio clichê, mas exatamente no momento certo tudo fluirá. Com esforço próprio vocês não vão conseguir nada, vão acabar pulando etapas. Parem com essa ansiedade e “bora” viver uma vida normal de comunhão com Deus, certos de que Ele está no controle.

Parem com essa ansiedade e “bora” viver uma vida normal de comunhão com Deus, certos de que Ele está no controle.

Após o CEAPE, voltei para casa bem contrariada, pois queria continuar no CEAPE, mas não pude. Eu havia me comprometido em trabalhar no BooKafé na minha cidade, já que este estava prestes a abrir. Estava cheia de frescor, animada com toda a experiência que tive. Eu queria passar a todos o máximo de vida possível, queria mostrar tudo que eu tinha vivido pra que pudessem se sentir como eu. Porém, infelizmente, quando a gente volta para casa depois de um tratamento tão intenso, o choque de realidade é grande. Eu estava tão animada que todos pareciam desanimados! Aos poucos as coisas foram se encaixando em minha cabeça e pude começar a colocar em prática muito do que tinha aprendido e o Senhor me ensinou muito no BooKafé.

Nessa época em que voltei para casa, adicionamos um ao outro no Facebook, como o Felipe já mencionou. Não sabemos até hoje de quem partiu a iniciativa, mas não importa. O importante é que a partir daquele momento os nossos caminhos começaram a se cruzar com mais frequência. Um dia, ele me chamou pra conversar, outro dia eu chamei; e, assim, fomos cultivando uma boa amizade. Até então, na minha cabeça, o Felipe era apenas isto: um jovem da igreja, legal e simpático. Nosso contato se tornou frequente e em uma dessas conversas descobrimos que já nos conhecíamos. Isso deu um gás à nossa amizade e passamos a conversar ainda mais.  Todos os nossos assuntos eram saudáveis. 

Todos os nossos assuntos eram saudáveis. 

Depois de um mês mais ou menos eu fui à conferência de jovens e ele me chamou para cooperar no serviço de limpeza. Eu fui morrendo de vergonha porque não conhecia ninguém, mas fui. Servi apenas um dia, amei tudo, mas fiquei um pouco deslocada e não voltei mais. Posso ser sincera? Nem lembro se ele estava lá. Depois disso, voltei para casa e as conversas continuaram. Cada vez mais nos aprofundávamos na vida um do outro e nos conhecíamos bastante – creio eu.

Depois de um tempo veio o WhatsApp, uma maravilha que nos permitia conversar com frequência. Nossas conversas eram inocentes, sem nenhum tipo de segundas intenções. As vezes até vinham na cabeça uns pensamentos sobre uma possível relação amorosa, porém logo eu chutava o pensamento pra lá, porque eu não queria estragar a amizade com devaneios. Mal sabia eu que cada vez mais esse pensamento ia me rodear.

Nossas conversas eram inocentes, sem nenhum tipo de segundas intenções. As vezes até vinham na cabeça uns pensamentos sobre uma possível relação amorosa, porém logo eu chutava o pensamento pra lá, porque eu não queria estragar a amizade com devaneios.

Enfim chegou julho, o mês de mais uma conferência de jovens na Estância Árvore da Vida. Eu fui e meu amado também. A parte que eu não consegui ficar sem falar com ele no dia da viagem ele já contou não é? Eu realmente não consegui, dei um jeito de mandar uma mensagem para ele. E quando cheguei na Estância e logo o vi, minha vontade era me esconder de tanta vergonha, afinal, na internet é fácil, mas pessoalmente a coisa complica. Mas o abracei e ele todo prestativo foi atrás do irmão que estava com a minha mala no carro para que eu pudesse ir para meu alojamento. Depois disso, fiquei me perguntando o motivo dessa reação ridícula quando o vi (o rosto estar queimando de vergonha e as famosas borboletas no estômago), mas acabei deixando o assunto de lado.

Durante a conferência nos víamos sempre e eu fui pegando mais intimidade com o serviço de limpeza, quando num belo dia, aliás, numa bela noite, nós pudemos conversar. Quem vai nessas conferências sabe que quase não dá tempo de conversar, quem serve então, aí que não tem tempo pra nada mesmo. Quando conseguimos aquele momento tranqüilo, enfim, eu dei lugar ao pensamento e, na minha mente, perguntei: “Será que é ele?”.

A conferência acabou e chegou a fatídica hora da despedida. Que hora ruim! Almoçamos juntos e fui pra porta do ônibus para me despedir dele e de outras pessoas que estavam no mesmo ônibus. Abracei as outras e quando enfim o abracei, a chuva caiu. Que momento lindo! Minha sensação foi de viver uma cena de filme, daquelas bem bonitas e  que as coisas até acontecem em câmera lenta. Fiquei muito comovida com aquele momento. Ele se foi e eu corri pra onde meu celular desse sinal para que eu pudesse começar já a conversar com ele. Só hoje vejo o quão ridículo era eu não saber que já estava rolando algo.

Voltamos para casa e continuamos nossos papos, porém senti certa diferença. Eu não sabia se era coisa da minha cabeça, mas parecia que toda hora ele me mandava indiretas e eu meio que provocava pra ver qual seria a próxima. E nada dele falar o que estava querendo. Nessa época, eu busquei ajuda e falei com uma amiga/tia para que me ajudasse a orar, pois eu não queria me precipitar, mas também não aguentava mais essa expectativa. Um dia eu acordei decidida a arrancar a verdade dele, eu ia fazer ele falar a qualquer custo o que ele realmente estava sentindo. Se fosse maluquice minha a gente podia rir e ignorar minha atitude, mas se ele realmente quisesse se declarar pra mim eu ia dar um empurrãozinho. E foi o que eu fiz. No próximo post vocês saberão o desenrolar dessa história! Jesus é o Senhor!

Se fosse maluquice minha a gente podia rir e ignorar minha atitude, mas se ele realmente quisesse se declarar para mim eu ia dar um empurrãozinho.

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