Deparei-me com esse título quando em uma disciplina da faculdade a professora pediu que redigíssemos um texto respondendo à pergunta: “Quem é você?”. Pela primeira vez senti estremecer meu coração com tal pergunta. Foi então que o Senhor me disse: “Essa é a hora de você dizer quem realmente é. Mostre sua verdadeira identidade aqui na Terra”. Assim nasceu este texto. Espero que você saiba quem é e, se não, que o Senhor fale com você após a leitura. Jesus o abençoe!

QUEM É VOCÊ?

Ao fazer essa pergunta, vejo-me em uma encruzilhada onde tenho vários caminhos a seguir. Assim, posso ter várias respostas, porém isso dependerá do que exatamente quero passar a você, leitor: o real sentido da minha existência.

Primeiramente, gostaria de salientar o ponto mais importante de todos: a Bíblia diz que, antes que o mundo existisse, Deus já havia planejado meu nascimento (Sl 139:16), por isso, jamais posso dizer quem sou, sem antes dizer Quem me criou.

Deus fez o mundo em seis dias e no sétimo descansou. Isso você já deve saber. Para criar o mundo, Deus usou apenas a palavra, ou seja, Ele dizia: “Faça-se”, e tudo se fazia. Ele criou! Trouxe à existência todas as coisas a partir do nada. Porém, quando foi criar o homem, Ele o fez de forma diferente, especial. Ele “formou o homem do pó da terra e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida, e o homem passou a ser alma vivente” (Gn 2:7). E Deus o colocou num jardim chamado Éden, para o cultivar e guardar (2:15).

Além de ser criado de forma diferente, o homem foi feito à imagem e semelhança de Deus (Gn 1:26). Ele foi criado dessa forma para conter Deus, assim como a luva foi criada à imagem e semelhança da mão, a fim de contê-la. Nada criado por Deus é para simplesmente existir e ponto final. Logo, Ele criou o homem com um fim, com um objetivo: conter Deus.

Como, porém, podemos conter Deus? João 1:12 nos dá a resposta: “A todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que creem no seu nome”. Esse texto refere-se a receber o Senhor Jesus, o Filho de Deus, e isso ocorre quando cremos Nele. Assim, posso afirmar que,  além de ser criação de Deus, quando cri em Jesus, eu O recebi e passei para outro estágio, tornando-me filha de Deus.

Se fosse discorrer sobre as várias respostas para a pergunta “Quem sou eu?”, poderia citar uma infinidade de coisas. Posso dizer que sou estudante, determinada, de temperamento difícil, ansiosa, de vez em quando tímida, compulsiva, às vezes impetuosa, mandona ou mil e uma coisas mais. Posso dizer também que sou o que penso que sou. Se penso que sou incapaz de realizar algo, assim serei; se penso que sou derrotada, todas as minhas ações irão contribuir para isso; se penso que sou um “zé ninguém”, tudo o que fizer irá convergir para que esse pensamento se torne real.

Por isso disse no começo que poderia ter várias respostas a essa indagação. Mas, apesar de todos esses raciocínios, nenhum deles é tão importante quanto o fato de ser feitura de Deus para contê-Lo e sinceramente é isso que mais amo saber, e é o que tem valor e sentido para mim. Tenho convicção de não estar aqui por acaso, de ser chamada para um propósito.

A resposta para a pergunta “Quem é você?” precisa ser segundo o que a palavra do Criador diz e se aplica a todo ser humano. Fomos criados para conter Deus e assim ser a luz do mundo, o sal da terra, fazer a diferença entre os que nos cercam, viver pela fé, por Cristo Jesus, para O expressar e cumprir a Sua vontade.

“Ora, a fé é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não veem” (Hb 11:1).

PS. Enquanto redigia este texto, a musiquinha “Quem me criou” tocava o tempo todo na minha cabeça, suave e serena.

“QUEM ME CRIOU?”
1. Quem me criou,
Que me formou
Do pó da terra no homem Adão?
Quem me criou?

2. Quem me escolheu
E me amou
Com bom prazer antes da criação?
Quem me escolheu?

Ao olhar então
O universo
Não há como duvidar:
Foi Deus.

3. Quem me atraiu
Me preferiu
Para si mesmo dentre a criação
Quem me atraiu?

4. Quem desejou
O homem pra Si
Para ter nele a Sua expressão?
Quem desejou?

Ao olhar então
O universo
Não há como duvidar:
Foi Deus.

Colaboração de Ana Júlia Espíndola.