Viver com um Coração de Gratidão

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Se pergunte uma coisa: você vive com gratidão? É sobre isso que eu quero falar com você hoje. Mas antes de começar a tratar do aspecto espiritual desse assunto, vou falar do aspecto humano da gratidão.

Nas últimas décadas, uma ciência que tem evoluído muito é a psicologia. Com essa evolução, surgiram vários estudos tratando dos mais diversos assuntos. Entre os psicólogos, surgiu a ideia de que o exercício da gratidão poderia ajudar a tratar alguns aspectos psicológicos.

Em 2010, a psicóloga Ana Filipa Almeida Matias de Vasconcelos Alves publicou um artigo de mestrado pela Universidade de Lisboa para comprovar que o exercício da gratidão pode melhorar aspectos emocionais e sociais das pessoas. A última frase da conclusão de sua tese foi: “Tendo em consideração os resultados altamente positivos que a gratidão apresenta nesse campo, a sua transposição para a área clínica poderia revelar-se altamente benéfica.” A ideia da psicóloga é que o exercício da gratidão pode até mesmo ser usado como tratamento.

Parece que esse é um estudo muito inovador, mas quase dois mil anos atrás o Senhor usou o apóstolo Paulo para nos mostrar isso. Como Deus é maravilhoso! Na sua primeira carta à igreja em Tessalônica, capítulo 5, versículo 18, Paulo escreve: “Em tudo, dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco.” Espera, aqui Paulo disse uma coisa que a psicóloga não falou: “porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco”. Então, nós temos um motivo para sermos gratos: porque essa é a vontade de Cristo.

Pode parecer estranho que as coisas ruins que nos acontecem também são a vontade de Deus, mas saiba: “todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus” (Rm 8:28). Mesmo que você não entenda, se você ama a Deus, TUDO COOPERA PARA O SEU BEM! Deus te ama de maneira imensurável e Ele nunca deixaria que algo acontecesse para te prejudicar – todas as situações são para nos aperfeiçoar e aprendermos a confiar mais em Deus.

Certa vez, ouvi o testemunho de um irmão de uma época em que tudo estava dando errado em sua vida. Nesse momento, o Senhor lhe mostrou esse versículo de 1 Tessalonicenses. De primeira, ele disse que resistiu, dizendo: “Senhor, como vou agradecer se está tudo dando errado?”. E o Senhor só respondia: “Dê graças!” Até que ele começou a repetir: “Graças ao Senhor por essa situação! Graças a ti, Senhor!”  Nesse momento, ele começou a sentir uma paz enorme em seu interior e uma felicidade indescritível. E, por mais que o problema ainda existisse, ele não mais estava se estressando, sentia paz.

Depois de ouvir o testemunho desse irmão, tenho tentado ser grato pelas coisas mais simples do meu dia a dia. Tenho tido a experiência de agradecer por tudo sempre que me lembro: agradecer pelo ar que respiro, agradecer pelos pais que Deus me deu, agradecer pela água que bebo, etc. E o resultado tem sido incrível! Cada vez que  agradeço, sou tomado por uma paz e felicidade que não posso explicar. Hoje de tarde, andando na rua, vi como o céu estava lindo e agradeci a Deus pela perfeição da Sua criação e isso me levou a começar a agradecer por inúmeras coisas na minha vida e fui tocado por tamanha felicidade que comecei a chorar e agradecer ao Senhor no meio da rua. QUÃO MARAVILHOSO É O NOSSO DEUS!

Jovem, a mensagem que quero passar para você é simplesmente que você agradeça por tudo na sua vida. Você pode pensar: “Como vou agradecer se não tenho o sentimento de gratidão?” Só agradeça e o Senhor fará com que esse sentimento se torne verdadeiro. Agradeça principalmente ao Senhor, mas não limite isso à sua comunhão íntima com Deus – agradeça às pessoas a sua volta. Agradeça aos seus pais por cuidarem de você, agradeça aos seus professores quando eles te tiram uma dúvida, agradeça a quem te atendeu numa lanchonete – SIMPLESMENTE AGRADEÇA! COM O EXERCÍCIO DA GRATIDÃO, DEUS TE ABENÇOARÁ INFINITAMENTE! EM TUDO DAI GRAÇAS, PORQUE ESSA É A VONTADE DE DEUS.

Artigo citado:

Alves, Ana Filipa. Gratidão: um estudo longitudinal sobre o impacto pessoal e relacional. 2010. 74f. Dissertação de Mestrado – Universidade Portuguesa, Lisboa, 2010.